Vereadores de Ibiúna pedem o funcionamento do Centro de Hemodiálise em São Roque

por Marcos Pires de Camargo última modificação 09/07/2015 09h46
Vereadores de Ibiúna pedem o funcionamento do Centro de Hemodiálise em São Roque

Vereadores de Ibiúna se disponibilizaram em colaborar para abertura do Centro de Homodiálise

O presidente da Câmara Municipal de Ibiúna, Pedrão da Água (PTB) e o vereador Professor Eduardo (PT) estiveram reunidos com representantes do Ministério da Saúde, a ex-deputada Estadual Iara Bernardes, vereadores de Mairinque e de outras cidades vizinhas para discutir a implantação de um Centro de Hemodiálise em São Roque. A reunião aconteceu na última segunda-feira (28), em um anexo da Santa Casa de Misericórdia de São Roque, no mesmo prédio onde desde 2006 está pronto um local para ser implantada a hemodiálise, mas que até agora não está funcionando. “Viemos exatamente saber o porquê de este tratamento tão importante para a região ainda não ter sido implantado, sendo que já tem, inclusive, o prédio construído exatamente para isso. Seria um benefício fui muito bom para diversos pacientes de toda região, principalmente ibiunenses que precisam viajar à São Paulo, Sorocaba, Osasco, Indaiatuba e outros municípios distantes para fazer a hemodiálise”, ressaltou Eduardo.
Uma verba de R$ 460 mil foi disponibilizada em 2000 pelo Governo Federal para construção do prédio junto a Santa Casa de Misericórdia de São Roque, que doou o terreno para implantação do centro de hemodiálise. A construção foi concluída em 2006, mas, desde então, o projeto ainda não começou a funcionar.
O secretário Municipal de Saúde de São Roque, Alexandre Marques Silveira, informou que é necessário um investimento de R$ 3 milhões para que sejam comprados os equipamentos e o Centro de Hemodiálise comece a funcionar. “Entretanto, a nossa prefeitura não tem condições de arcar com estas despesas. Estamos estudando a possibilidade de uma Organização Social – OS assumir o centro e custearmos a manutenção com a tabela do SUS. Temos que achar juntos uma solução para o caso, pois São Roque não tem dotação orçamentária para tocar este projeto. Trata-se de um tratamento de alta complexidade e que compete ao Estado resolver”, explicou Silveira.
Foi então decidido que os secretários de Saúde e presidentes de Câmara Municipais das cidades da região se reúnam com a Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba para tentar achar uma solução para o caso. “Seria a melhor maneira de conversarmos e chegarmos a um consenso de o que pode ser feito para que este Centro de Hemodiálise possa funcionar o mais rápido possível. O Estado precisa assumir a sua responsabilidade e resolver os problemas que competem a ele. Caso contrário, estou pensando até em entrar com uma ação coletiva no Ministério Público contra essa omissão do Governo”, acrescentou Eduardo.
De acordo com Pedrão da Água, só em Ibiúna, aproximadamente 40 pessoas utilizam transporte da prefeitura para fazerem hemodiálise em municípios como São Paulo, Osasco, Sorocaba e até Indaiatuba. “São mais de R$ 50 mil gastos pela prefeitura de Ibiúna por mês com esse tipo de transporte. Isso sem contar o incômodo para esses pacientes já debilitados terem que viajar um dia sim outro não para cidades tão distantes. Além da economia aos cofres públicos, seria muito mais confortável aos munícipes se tivesse a hemodiálise em São Roque. Vamos juntar forças, ir buscar recursos e fazer o que for possível para colocar em funcionamento este Centro o mais rápido possível”, declarou Pedrão.
Além de Ibiúna, em São Roque são mais 40 pessoas que precisam de hemodiálise, Mairinque 20 pacientes, sem contar outros municípios como Araçariguama, Alumínio e Vargem Grande Paulista, que também seriam beneficiados com o centro. “Todas as autoridades e pacientes destas cidades precisam se mobilizar para que este Centro entre em funcionamento. É uma questão de saúde pública que precisa ser solucionada o quanto antes”, concluiu Eduardo.