Câmara rejeita pedido de cassação contra Coiti

por Marcos Pires de Camargo última modificação 09/07/2015 09h45
Câmara rejeita pedido de cassação contra Coiti

Vereadores alegaram vaga e contraditória a denúncia contra Coiti

A Câmara Municipal de Ibiúna rejeitou, na última segunda-feira (16), um pedido de cassação contra o prefeito Coiti Muramatsu (PV). Apenas a vereadora Rozi da Farmácia (DEM) votou favorável a representação da dona de casa Raimunda Diana Martins, que entrou com a ação porque a prefeitura teria deixado de fornecer medicamentos de uso contínuo aos seus dois filhos diabéticos. O relator da Comissão Processante, Professor Eduardo (PT) já havia emitido parecer favorável pela absolvição de Coiti, alegando inconstitucionalidade e contradições na representação, além da suspeita de favorecimentos políticos.

Apesar de ser suplente, Rozi assumiu, interinamente, apenas para esta votação, a vaga do vereador Jair Marmelo (PC do B), que por ser presidente da Câmara, ficou impedido de participar da sessão.

Após analisar todo o processo e ouvirem diversas testemunhas, os vereadores entenderam que não haviam evidencias suficientes para que o prefeito fosse cassado. “Fui eleito para cumprir a Lei e sempre estar a favor da verdade. Houveram muitas contradições nas alegações da Raimunda. A representação foi feita antes mesmo de ela entrar com Mandato de Segurança, que poderia garantir o fornecimento dos insumos. A dona de casa também alegou que não recebia as glicofitas (material utilizado para medir o diabetes) desde janeiro deste ano, quando ficou comprovado que a mesma recebeu até maio. Votei contrariando a recomendação do meu partido, mas com consciência por ter pesquisado o assunto e ter seguido a Lei”, justificou Eduardo.

O vereador Claudinho do Rosarial (PDT) disse que logo que viu pela primeira vez a representação já foi contra por achar a denúncia muito vaga e falha. “Realmente é errado a prefeitura deixar de fornecer o medicamento. Porém, não podemos cassar um prefeito eleito pelo povo por um caso que nem temos certeza que realmente aconteceu. A Raimunda nem se quer procurou o Coiti para explicar a situação e já entrou com esse pedido na Câmara. Jamais serei contra a vontade popular mostrada nas urnas”, enfatizou Claudinho.

Alerta ao prefeito

Os vereadores alertaram para que esta representação sirva de exemplo para que o prefeito seja mais atento e não deixe faltar medicamentos de uso contínuo à população. “Que casos assim não venham a ocorrer novamente. Saúde é uma questão muito séria. São vidas que não podem ser perdidas. O Fundo Social também precisa funcionar com mais eficiência para que o fornecimento de remédio, principalmente à carentes, não seja prejudicado”, alertou Paulinho Sasaki (PTB).

Já Ismael Pereira (PRB), disse que o prefeito precisa, pelo menos uma vez por semana, atender a população no gabinete. “O Coiti precisa saber os anseios e ouvir as necessidades do povo para que casos como este não venham a se repetir. Ficar trancado na sala não o isenta da responsabilidade. Tenho certeza que se o prefeito tivesse atendido a Raimunda, todo esse processo jamais existiria. Abrindo as portas para o clamor popular, ele dará um crédito para que a administração possa encontrar um rumo”, aconselhou o vereador.

A vereadora Rozi justificou seu voto favorável a cassação, pois disse se tratar de um assunto muito sério. “É um caso de saúde e com isso não se brinca. Sou farmacêutica e sei quantas ‘Raimundas’ estão sofrendo com a falta de fornecimento de remédios à população. Diabete, ainda mais em crianças, é uma doença muito séria, que pode desencadear diversas complicações graves. Já é difícil controlar para uma pessoa que tem condições de se alimentar corretamente, imagina para um carente. O que a prefeitura gastou comprando medicamentos acima do valor de mercado, poderia resolver estes casos. Por isso, acho que não podemos isentar o prefeito e o secretário desta responsabilidade”, concluiu a vereadora.

Defesa negou conhecimento do caso

Quando ouvido pela Comissão Processante, Coiti afirmou que não teve conhecimento do caso de Raimunda e que sempre procurou atender a população com agendamento prévio. “Não tem como eu saber de tudo e ficar atendendo todo mundo. O Coronel Darcy fez isso e acabou falecendo. Só fui saber do caso da Raimunda depois que recebi a Representação. São vários Mandatos, muitos pedidos de remédios e insumos. A gente vem tentando sanar todos os problemas. Se faltou a glicofita por algum período, não foi minha culpa”, alegou o prefeito na época.

Uma outra representação, que também pede a cassação do prefeito, deverá ser discutida e votada nos próximos dias. Desta vez, o munícipe Francisco Cardoso de Almeida pede a saída de Coiti por improbidade administrativa. Ele diz na ação que o prefeito deixou de responder requerimentos que pedem informações sobre contratos, licitações, obras e outras ações da prefeitura.

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